sexta-feira, 18 de setembro de 2009

SISTEMA IMUNITARIO

O sistema imunológico nos vestibulares 2005.

408. (FUVEST 2005_2) As bactérias podem vencer a barreira da pele, por exemplo num ferimento, e entrar em nosso corpo. O sistema imunitário age para combatê-las.
a) Nesse combate, uma reação inicial inespecífica é efetuada por células do sangue. Indique o processo que leva à destruição do patógeno bem como as células que o realizam.
b) Indique a reação de combate que é específica para cada agente infeccioso e as células diretamente responsáveis por esse tipo de resposta.


409. (UFPEL Verão 2005_2) O CORPO ENSINA A COMBATER O CÂNCER
O corpo humano tem suas defesas, que formam o sistema imunológico. Esse sistema, constituído por diversas células e moléculas que trabalham monitorando constantemente todo o organismo, é ativado por sinais (ou informações) como a morte ou a infecção de células, e a lesão ou a alteração de tecidos. A conseqüência é a geração de respostas imunes, cujos objetivos principais são eliminar os agentes causadores dessas alterações e reparar as áreas danificadas. O câncer é o resultado de modificações genéticas produzidas em células.
Mas, afinal, o organismo pode ou não se defender do câncer? Na verdade, ele faz isso constantemente. Alterações genéticas com potencial para gerar tumores ocorrem diariamente em nossas células, como é mostrado na figura. E o organismo é capaz de detectar essas transformações.


Com base nos textos e em seus conhecimentos sobre imunidade, faça o que se pede.
(a) Justifique por que os linfócitos são considerados as “unidades móveis” do sistema imunológico.
(b) O sistema imunitário apresenta as propriedades de especificidade e de memória. Identifique o modo como essas propriedades auxiliam na imunidade.
(c) No câncer, observa-se o desencadeamento de um tipo de imunidade celular representado pelo número aumentado dos linfócitos T. Indique os tipos de linfócitos T utilizados pelo organismo afetado por essa enfermidade.


410. (UFSC 2005) “Nos últimos 10 anos, os imunologistas realizaram avanços impressionantes no conhecimento sobre a geração de respostas imunes para a defesa do organismo. Um dos resultados mais promissores levou à retomada dos estudos de imunoterapia para controlar o crescimento de tumores.” (Trecho extraído da revista Ciência Hoje, volume 35 (207), p. 28, agosto de 2004).
Com relação aos assuntos citados no texto acima, é CORRETO afirmar que:
01. o corpo humano tem suas defesas, que formam o chamado sistema fisiológico.
02. o câncer é o resultado de modificações genéticas produzidas em células, seja por vírus ou por agentes externos, como radiação ou substâncias químicas.
04. os leucócitos (células brancas) e as hemácias (células vermelhas) são “unidades móveis” que atuam na defesa dos organismos.
08. as células imunes, ricas em lisossomos, penetram nos tecidos de todo o corpo através da intermediação de enzimas especiais que possibilitam a realização do transporte ativo.
16. a medula óssea está envolvida com a produção de células do sistema imune.
32. quando do surgimento de um tumor, células normais sofrem alterações que afetam sua capacidade de divisão.


411. (UF Lavras 2005) Considere as afirmativas abaixo e, a seguir, marque a alternativa CORRETA.
I. Os fibroblastos são células do tecido conjuntivo especializadas na produção de fibras colágenas, reticulares e elásticas.
II. No choque anafilático, os anticorpos produzidos pelos macrófagos fixam-se na membrana do mastócito, provocando liberação de histamina.
III. O tecido adiposo pardo ou multilocular é responsável pela produção de calor, levando ao aquecimento do sangue.
IV. Todos os ossos crescem por proliferação dos osteócitos centrais e por adição de novos osteócitos na periferia pelo periósteo.
a) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
b) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
d) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
e) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.


412. (UFSC 2005) Nos seres humanos, durante e após a gravidez, a relação entre mãe e filho compreende vários aspectos endócrinos e imunológicos. Com relação a estes fatos, assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S).
01. Durante a gravidez, a placenta permite a passagem de macrófagos, neutrófilos e hemácias maternos para o sangue da criança.
02. A importância do aleitamento materno nos primeiros meses de vida da criança, sob o ponto de vista imunológico, está relacionada à presença de anticorpos no leite materno.
04. O hormônio prolactina, produzido logo após o parto, estimula a secreção de leite e sua produção é mantida pelos estímulos nervosos da sucção da mama pela criança.
08. Os anticorpos maternos, durante a gestação, protegem a criança contra doenças e não podem, em nenhuma situação, causar danos a ela.
16. As hemácias do sangue materno, ao entrarem no sistema circulatório da criança, auxiliam a ação dos anticorpos.


413. (UERJ 2005_2) A função do sistema imunológico é a de defender o organismo contra invasores. Bactérias, vírus, fungos, tecidos ou órgãos transplantados, e mesmo simples moléculas, podem ser reconhecidos pelo organismo como agentes agressores.
A) Os gráficos abaixo mostram a variação da concentração de anticorpos contra um determinado antígeno no sangue de uma pessoa, em função do tempo, em duas condições: vacinação ou soroterapia.


Um dos gráficos mostrados corresponde à variação da concentração de anticorpo antiofídico no sangue de uma pessoa mordida por uma serpente e tratada com uma dose do soro apropriado. Justifique por que esse tratamento deve ser feito logo após a picada do animal e, por que, em casos mais graves, deve ser repetido a intervalos de tempo relativamente curtos.
B) Na eritroblastose fetal, a mãe produz anticorpos contra o fator Rh do filho. A doença só se manifesta, porém, a partir da segunda gravidez. Indique a condição que deve estar presente no feto para o desenvolvimento da eritroblastose em filhos de mulheres que não produzem fator Rh. Explique por que, mesmo nessas circunstâncias, o primeiro filho nunca é afetado.


414. (UFMG 2005) A Campanha Nacional de Vacinação do Idoso, instituída pelo Ministério da Saúde do Brasil, vem-se revelando uma das mais abrangentes dirigidas à população dessa faixa etária. Além da vacina contra a gripe, os postos de saúde estão aplicando, também, a vacina contra pneumonia pneumocócica. É CORRETO afirmar que essas vacinas protegem porque
A) são constituídas de moléculas recombinantes.
B) contêm anticorpos específicos.
C) induzem resposta imunológica.
D) impedem mutações dos patógenos.


415. (UFRural RJ 2005 objetivas) Observe a figura que ilustra a produção de soros em animais.


Certas substâncias tóxicas, tais como toxinas bacterianas ou venenos de cobras e aranhas, têm efeitos fulminantes no organismo, podendo matá-lo antes que ele consiga produzir anticorpos. O combate ao veneno é feito por meio da injeção de soro; neste caso, uma solução de anticorpos contra veneno de cobras extraídos do sangue de um animal previamente imunizado contra o veneno. A aplicação de soro é eficaz em casos de emergência, mas deve-se evitar tomar o mesmo soro novamente, pois
(a) já foi estimulada a memória imunitária com a primeira aplicação.
(b) basta uma aplicação para conferir imunidade permanente.
(c) não mais seriam reconhecidos pela substância tóxica os anticorpos do soro.
(d) aumentaria o efeito da substância tóxica.
(e) pode desencadear a reação imune contra o próprio soro.


416. (UPF 2005/1) A figura abaixo mostra a cabeça de uma serpente peçonhenta, a cascavel. “Lembre-se: na natureza não há vilões. Não mate cobras simplesmente por estarem vivas!” Elas mantêm o equilíbrio natural, comendo roedores que transmitem doenças e causam prejuízos às plantações e aos cereais armazenados.


Em caso de picada de cascavel, indique a alternativa que apresenta o soro específico a ser tomado.
a) Antiofídico.
b) Antibotrópico.
c) Anticrotálico.
d) Antielapídico.
e) Antilaquético.


417. (UNIFESP 2005) A revista Veja (28.07.2004) noticiou que a quantidade de imunoglobulina extraída do sangue dos europeus é, em média, de 3 gramas por litro, enquanto a extraída do sangue dos brasileiros é de 5,2 gramas por litro. Assinale a hipótese que pode explicar corretamente a causa de tal diferença.
(A) Os europeus tomam maior quantidade de vacinas ao longo de sua vida.
(B) Os brasileiros estão expostos a uma maior variedade de doenças.
(C) Os antígenos presentes no sangue do europeu são mais resistentes.
(D) Os anticorpos presentes no sangue do brasileiro são menos eficientes.
(E) Os europeus são mais resistentes às doenças que os brasileiros.


418. (UFRGS 2005) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo, na ordem em que ocorrem. O relatório da Polícia Federal sobre a Operação Vampiro traz uma informação no mínimo irônica sobre o sangue dos brasileiros. Sabe-se que a produção de certos hemoderivados se vale de material retirado do plasma. O que o relatório mostra é que, enquanto as ...... extraídas do plasma de europeus ficam na faixa de 3 gramas por litro, as dos brasileiros situam-se na faixa de 5,2 gramas por litro. Uma possível explicação é que o brasileiro ......
(Adaptado de: Veja, 28 jul. 2004.)
(A) imunoglobulinas - está exposto a uma maior variedade de organismos patogênicos
(B) hemácias - se alimenta de nutrientes ricos em ferro
(C) albuminas - se alimenta de nutrientes ricos em ferro
(D) albuminas - tende a apresentar o baço com tamanho aumentado
(E) imunoglobulinas - tende a apresentar o baço com tamanho aumentado.


419. (UF Viçosa 2005) Os principais produtos da resposta imune humoral são os anticorpos ou imunoglobulinas. Cada imunoglobulina é constituída de cadeias de polipeptídeos ligadas por pontes dissulfeto (S), conforme a representação abaixo. Os números I, II, III, IV e V indicam componentes ou regiões básicas dessa molécula.


Assinale a alternativa CORRETA:
a) As cadeias pesadas estão indicadas por III.
b) Uma das cadeias leves está indicada por V.
c) O sítio de ligação dos antígenos está indicado por II.
d) A região constante está indicada por I.
e) A região variável está indicada por IV.


Respostas, com comentários.

408. a) A reação inicial, inespecífica, é ralizada pelos neutrófilos do sangue. Eles deixam os capilares por diapedese, dirigem-se ao tecido lesado e infectado e, por fagocitose, englobam aos microorganismos patogênicos. A característica fundamental de todo sistema imunológico é a sua capacidade de distinguir e eliminar partes de um corpo estranho, como bactérias, vírus, e até mesmo células cancerígenas. Quando nos ferimos com uma pequena lasca de madeira, por exemplo, o nosso sistema imunológico também ativa as células brancas fagocitárias conhecidas como macrófagos. Os monócitos, originários da medula óssea, ao penetrarem em alguns órgãos se transformam em macrófagos, com a finalidade de proteção através da fagocitose. Estas células engolfam e destroem os possíveis micróbios invasores, produzindo proteínas que ativam outras partes do sistema imunológico, além de alertar outros fagócitos. Esta é a chamada imunidade natural, presente em todos os animais.


b) Outro componente do sistema imunológico, presente apenas nos vertebrados, é a chamada imunidade adquirida, formada por leucócitos especializados, os linfócitos B e T, que se tornam ativos e se multiplicam ao encontrarem moléculas específicas de organismos estranhos chamadas antígenos. Os linfócitos T4 são os encarregados da defesa primária do organismo, detectando os agentes invasores. Os linfócitos B se dedicam à fabricação de armas específicas para a defesa, chamadas anticorpos. Mas, essas células (os linfócitos B), só fabricam anticorpos quando recebem "mensagens" químicas dos linfócitos T4. Os linfócitos T4 são uma das primeiras e mais importantes respostas imunológicas do organismo. Têm mais de 100 milhões de receptores em sua superfície e a função de reconhecer os antígenos ou corpos estranhos que penetram em nosso organismo. Ou seja, sua função básica é reconhecer antígenos e decodificá-los - por exemplo, saber de que tipo é, se é um vírus, uma bactéria, um fungo; se o vírus é de gripe, hepatite ou aids. Cada um dos 100 bilhões de linfócitos B, secreta um anticorpo (proteína de defesa) que se liga a um antígeno específico, ajudando a eliminá-lo. Já os linfócitos T podem reconhecer e eliminar células que carregam moléculas indesejáveis na sua superfície, por exemplo, bem como ajudar os linfócitos B a produzir anticorpos.

409. (a) São considerados “unidades móveis” porque, a partir de sua produção pela medula óssea e pelos linfonodos (ou órgãos linfogênicos), essas células transitam no sangue, na linfa, podendo ir aos tecidos, quando necessário (no câncer, por ex.).
(b) Especificidade- capacidade que o sistema imunológico apresenta de reconhecer e eliminar
substâncias estranhas ao organismo (antígenos) através da produção de anticorpos (ou
imunoglobulinas Ig);
Memória- capacidade que tem o sistema imunológico de reconhecer novamente um mesmo antígeno e reagir a ele, produzindo um grande número de anticorpos específicos.
(c) Linfócito T auxiliar ou CD4; Linfócito T citotóxico ou CD8.

410. A imunidade natural ou inata é constituída pelas barreiras defensivas orgânicas: a pele, barreira protetora contra lesões físico-químicas e entrada de microorganismos; as barreiras químicas dos epitélios e mucosas; o suco gástrico ácido; os polipeptídeos que reagem e inativam certos tipos de bactérias Gram positivas (como os estreptococos e estafilococos); as enzimas antimicrobianas como a lisozima; fatores quimiotácticos que orientam a migração dos polimorfonucleares (como os neutrófilos, que produzem defensinas), monócitos e outras células; interferons; outras proteínas de resposta da fase aguda como a PCR; a imunidade celular propriamente dita, com a fagocitose, o sistema do complemento, as células NK (natural killer) e os linfócitos T. As células imunes – os linfócitos - se originam na Medula óssea e saem na forma de pré-T e B para o sangue.
Os linfócitos ou células B, originam os plasmócitos, que fabricam os anticorpos que lutam contra as substâncias estranhas ao organismo. As células T, são importantes porque migram ao timo e são "educadas" a distinguir o produzido pelo organismo do estranho ao mesmo. As células T são subdivididas em T auxiliares ou T suppressoras, que ajudam ou suprimem as células B a fazer anticorpos, ou células T citotóxicas, que ajudam a matar vírus e tumores. As células "assassinas" naturais são também linfócitos e, similarmente às células T citotóxicas, matam células tumorais e estão envolvidas na regulação do sistema imune (a chamada imunorregulação).
As hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos, são responsáveis pelo transporte de O2 e CO2.
Qualquer processo de crescimento celular desordenado que resulte na invasão e destruição do tecido envolvente saudável por células anormais é considerado como cancerígeno. Células cancerígenas surgem a partir de células normais cujas características foram alteradas de maneira permanente. Elas multiplicam-se mais rápido do que células normais (formando aglomerados chamados de tumores) e não parecem responder corretamente ao controle nervoso ou hormonal. Elas podem espalhar-se via corrente sangüínea ou sistema linfático e invadir outras partes do corpo onde podem produzir novos tumores (metástases). As Células NK (natural killer) são células encontradas na circulação periférica e no útero e que apresentam como característica induzir a morte celular quando ativadas. A morte da célula alvo se dá pela indução da apoptose. Representam 10% dos glóbulos brancos e são consideradas a linha de frente da defesa orgânica contra o câncer e células infectadas por vírus. São capazes de reconhecer e se agrupar às células do tumor e destruí-las no espaço de cinco minutos. Após separarem-se das células mortas, as células NK reconhecem novas células do tumor e se combinam, repetindo o ciclo.

411. E. Estão erradas as afirmativas II e IV:
II. Os anticorpos são proteínas do sistema imunitário sendo, também, designados de Imunoglobulinas (Ig). Existem na superfície das células B (receptores de células B) e em circulação (circulantes). Os anticorpos circulantes são produzidos pelos plasmócitos.
Os macrófagos têm um papel central na resposta inicial à infecção antes da ação da imunidade medida pelas células T e B. Os macrófagos agem como células processadoras e apresentadoras de antígenos e finalmente, quando as células T respondem ao antígeno e liberam linfocinas, estas agem nos macrófagos causando sua ativação. Os macrófagos ativados são células do conjuntivo que apresentam grande capacidade fagocitária. Os macrófagos têm papel importante na remoção de restos de células e outros elementos, e quando corpos de grandes dimensões penetram no corpo, vários macrófagos se fundem formando uma célula enorme, chamada célula gigante do corpo estranho. Os macrófagos se originam de células do sangue conhecidas como monócitos, após a penetração destes no tecido conjuntivo.
O choque anafilático é uma reação alérgica intensa que ocorre minutos após a exposição a uma substância causadora de alergia, chamada de alérgeno. Alguns exemplos são a penicilina e picada por abelha. O termo "choque anafilático" é empregado no meio médico para indicar a manifestação culminante dessa reação de hipersensibilidade (anafilaxia). A patogenia para essa reação é explicada do seguinte modo: anticorpos do tipo IgE já produzidos contra o antígeno são estimulados por ele a se prender na membrana plasmática dos mastócitos, o que provoca a liberação de mediadores químicos produzidos por essa célula (histamina, heparina e fator quimiotático para neutrófilos). Esses mediadores atuam diretamente na parede vascular, promovendo um aumento da permeabilidade e intensa exsudação plasmática, o que leva a edemas generalizados (pálpebras, lábios, pavilhão auricular, conduto auditivo externo). Instaura-se, assim, um quadro de hipotensão grave, com falência da circulação periférica. Manifestam-se também dificuldade respiratória, devido ao espasmo da musculatura bronquial e do edema que se desenvolve na mucosa brônquica e na glote. Prurido cutâneo generalizado oriundo dos altos graus de liberação de histamina também está presente. O choque anafilático acontece através da liberação maciça de histamina no organismo, causando vasodilatação generalizada e queda acentuada da pressão arterial, que pode levar à morte em poucos minutos. Freqüentemente há edema da laringe, o que dificulta a passagem de ar e causa asfixia.
IV. Os osteoblastos são as células embrionárias enquanto os osteócitos são as células já diferenciadas, especializadas. Os osteócitos estão localizados em cavidades ou lacunas dentro da matriz óssea. Destas lacunas formam-se canalículos que se dirigem para outras lacunas, tornando assim a difusão de nutrientes possível graças à comunicação entre os osteócitos. Os osteócitos têm um papel fundamental na manutenção da integridade da matriz óssea. Os ossos são continuamente renovados e modificados. Os osteoblastos são as células ósseas responsáveis pela síntese das matrizes. À medida que vão sintetizando as proteínas, os osteoblastos ficam envoltos por elas e terminam por ocupar pequenas cavidades no interior da trabécula. A partir deste ponto passam a chamar-se osteócitos. Os osteoclastos destroem o osso já formado. A massa óssea está em constante equilíbrio entre formação e reabsorção. Durante o crescimento das crianças a atividade dos osteoblastos é mais alta que a atividade dos osteoclastos, resultando num ganho de massa óssea. Entretanto, em algumas pessoas, a atividade dos osteoclastos é mais alta que a dos osteoblastos. Nestes casos existe uma perda de massa óssea. A imobilização do corpo, por exemplo, causa uma desaceleração da atividade dos osteoblastos e uma aceleração da atividade dos osteoclastos.

412. A placenta não é considerada por muitos autores como anexo embrionário já que tem uma parte materna e outra fetal. É uma estrutura de origem mista, exclusiva da maioria dos mamíferos. Permite a troca de substâncias entre o organismo materno e o fetal. Nos primeiros meses de gestação, a placenta trabalha produzindo hormônios, além de substâncias de defesa, nutrição, respiração e excreção. Forma a barreira hemato - placentária e faz com que o sangue da mãe nunca se misture ao sangue fetal porque os vasos sanguíneos de ambos não são contíguos, ou seja, não se encontram. Isto gera uma barreira natural que impede a passagem de algumas substâncias principalmente as de maior peso molecular.
O leite materno apresenta substâncias antiinfecciosas chamadas imunoglobulinas e é o complemento ideal para as deficiências imunológicas da criança nos primeiros anos de vida.
A prolactina (LTH) atua sobre as glândulas mamárias, estimulando seu crescimento e a produção de leite. Esse hormônio é produzido durante a gravidez e, após parto, durante a amamentação. A continuidade de sua produção depende de estímulos nervosos produzidos pela sucção da mama. A prolactina, ou hormônio lactogênico é uma glicoproteina secretada pelas células mamotróficas da adeno-hipófise, presentes tanto no sexo masculino como no sexo feminino, sendo mais numerosas nas mulheres. A prolactina atuando em sinergismo com a progesterona e o estrógeno promove o crescimento e funcionamento das glândulas mamárias.
Mulheres Rh- (rr) que se casam com homens Rh+ (RR ou Rr) podem dar origem a crianças Rh+. Como existe a possibilidade do sangue materno ser transferido para o feto, em razão de um defeito na placenta ou hemorragias durante a gestação e parto, há possibilidades de se formar, no organismo materno, o anti-Rh. As crianças de partos subseqüentes, do grupo Rh+, podem apresentar sérios problemas. Os anticorpos produzidos na gestação anterior poderão atingir o sangue do feto e provocar a destruição de suas hemácias.

413. A) Porque o soro antiofídico já apresenta os anticorpos apropriados prontos, produzidos em outro animal. Quando administrado logo após a picada, atingem rapidamente níveis elevados no sangue, neutralizando prontamente a toxina da serpente. No entanto, esses níveis também caem rapidamente, como mostrado no gráfico 1. Por essa razão, nos casos mais graves, a aplicação deve ser repetida até que toda a toxina inoculada seja neutralizada.
B) O feto deve ser capaz de produzir fator Rh, ou seja, ser Rh+. Como a produção inicial de anticorpos pela mãe Rh- contra o fator Rh fetal é pequena, esses anticorpos não chegarão a transpor com eficiência, na primeira gestação, a barreira placentária que separa a circulação materna da fetal.

414. C. As vacinas, com função preventiva, contêm agentes infecciosos inativados ou seus produtos, toxinas, que induzem a produção de anticorpos pelo próprio organismo da pessoa vacinada, evitando que ela venha a contrair uma determinada doença. Isso se dá através de um mecanismo orgânico chamado "memória celular". Toda a vacina destina-se a estimular o sistema imunológico para dar-lhe condições de defender o organismo contra o agente causador da doença. Os microorganismos patogênicos são mortos ou atenuados, tornando-se incapazes de provocar a doença propriamente dita. No entanto, eles ainda contém os antígenos, proteínas que ao serem introduzidas no organismo levam a produção de anticorpos específicos, conduzindo à imunidade contra aquele aguente patogênico. Dessa forma, ao ser defrontado com a doença, o organismo não apresentará sinais clínicos da mesma, ou os terá apenas de maneira muito atenuada.

415. E. Um soro é formado por um concentrado de anticorpos, produzidos em outro animal, que será administrado a um paciente que necessitar de uma ação curativa. A soroterapia tem a finalidade de combater uma doença específica (no caso de moléstias infecciosas), ou um agente tóxico específico (venenos ou toxinas). Entretanto, qualquer substância estranha ao nosso organismo é reconhecida pelo sistema imunológico como "não própria". Quando uma macromolécula estranha ("não própria") penetra no organismo, age como antígeno e estimula o sistema imune. A formação de anticorpos ou de linfócitos sensibilizados induzida por antígenos, a resposta imune, associada ao antígeno resulta numa reação imune. Até 75% dos pacientes que recebem algum soro antiofídico, e quase 100% dos pacientes que recebem 70ml ou mais, desenvolvem a doença do soro. Esta é uma reação de natureza imune que manifesta-se, geralmente, após um período de incubação de 7 a 24 dias, com febre, adenopatia, dores articulares e musculares, e erupção eritematosa ou urticariforme. A síndrome descrita é geralmente observada nos indivíduos que recebem pela primeira vez uma aplicação de soro. Nos indivíduos reinjetados, ou seja, naqueles que já receberam soro 12 dias a 4 meses antes, desenvolve-se uma forma acelerada da doença, cujo período de incubação é de apenas 2 a 6 dias.
Revisando, o organismo imunizado com o soro reconhece os próprios anticorpos do soro como uma substância estranha e passa a produzir anticorpos específicos contra eles. Devemos evitar tomar o mesmo soro duas vezes, pois a segunda injeção pode desencadear uma reação imunitária contra o próprio soro, com prejuízos a saúde.

416. C. Um soro é formado por um concentrado de anticorpos, produzidos em outro animal, que será administrado a um paciente que necessitar de uma ação curativa. A soroterapia tem a finalidade de combater uma doença específica (no caso de moléstias infecciosas), ou um agente tóxico específico (peçonhas, venenos ou toxinas). A peçonha liofilizada (antígeno) é diluída e injetada no cavalo, em doses de concentração crescente. Esse processo leva 40 dias e é chamado hiperimunização. A hiperimunização para a obtenção do soro é realizada em cavalos desde o começo do século passado porque são animais de grande porte. Assim, produzem uma volumosa quantidade de plasma com anticorpos para o processamento industrial de soro para atender à demanda nacional, sem que eles sejam prejudicados no processo. Há um acompanhamento médico-veterinário destes cavalos, além de receberem uma alimentação ricamente balanceada. No Brasil são produzidos os seguintes soros para acidentes com serpentes:
Antibotrópico, para acidentes com jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, cotiara (gênero Bothrops).
Anticrotálico para acidentes com cascavel (gênero Crotalus).
Antilaquético para acidentes com surucucu (gênero Lachesis).
Antielapídico é uma solução de imunoglobulinas específicas purificadas, obtidas de soro de eqüinos hiperimunizados com peçonhas de serpentes do gênero Micrurus (corais verdadeiras).
Antibotrópico-laquético, para acidentes com jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, cotiara ou surucucu.


417. B. Quanto maior a variedade de doenças às quais um indivíduo está exposto, maior será a quantidade de imunoglobulinas (anticorpos) presentes em seu sangue. As imunoglobulinas são produzidas pelos plasmócitos que são linfócitos B especializados. As imunoglobulinas são classificadas em cinco classes:
As IgG, 70 a 80% dos anticorpos, manifestam-se na presença de vírus, toxinas e bactérias (especialmente Gram+) e atravessam a placenta, conferindo ao recém-nascido imunidade passiva. Caracterizam a resposta imunitária secundária.
As IgM, 5 a 10%, evidenciam-se na presença de bactérias Gram– . Atuam sobretudo como aglutinantes e fixam o complemento. São os primeiros anticorpos a aparecer numa resposta imunitária humoral, por ser a primeira molécula a surgir na evolução filogenética.
As IgA, 10 a 20%, “secretoras”, são associados às mucosas, atuando como um revestimento antisséptico. No intestino são transportadas pelas células plasmáticas das criptas das vilosidades até ao lúmen (por transcitose, uma forma de transporte celular); quando atingem a superfície luminal do enterócito (célula intestinal), são libertadas nas secreções. As IgA (e também as IgM) ligam-se à camada de muco que forra o epitélio intestinal, onde podem ligar e neutralizar agentes patogênicos e seus produtos tóxicos.
As IgD, menos de 1%, são marcadores de diferenciação dos plasmócitos B para a síntese de anticorpos.
As IgE, as mais raras, a não ser quando existe um componente alérgico. Têm uma propensão especial para aderir aos mastócitos e basófilos, induzindo a sua desgranulação e conseqüente libertação de mediadores alérgicos vaso-ativos (com ação celular), como a histamina, bradiquinina, serotonina, heparina, SRS-A e vários enzimas lisosomiais, ou seja, provenientes de organóides intracelulares.

418. A. Quanto maior a variedade de doenças às quais um indivíduo está exposto, maior será a quantidade de imunoglobulinas (anticorpos) presentes em seu sangue. As imunoglobulinas são produzidas pelos plasmócitos que são linfócitos B especializados. As imunoglobulinas são classificadas em cinco classes:
As IgG, 70 a 80% dos anticorpos, manifestam-se na presença de vírus, toxinas e bactérias (especialmente Gram+) e atravessam a placenta, conferindo ao recém-nascido imunidade passiva. Caracterizam a resposta imunitária secundária.
As IgM, 5 a 10%, evidenciam-se na presença de bactérias Gram– . Atuam sobretudo como aglutinantes e fixam o complemento. São os primeiros anticorpos a aparecer numa resposta imunitária humoral, por ser a primeira molécula a surgir na evolução filogenética.
As IgA, 10 a 20%, “secretoras”, são associados às mucosas, atuando como um revestimento antisséptico. No intestino são transportadas pelas células plasmáticas das criptas das vilosidades até ao lúmen (por transcitose, uma forma de transporte celular); quando atingem a superfície luminal do enterócito (célula intestinal), são libertadas nas secreções. As IgA (e também as IgM) ligam-se à camada de muco que forra o epitélio intestinal, onde podem ligar e neutralizar agentes patogênicos e seus produtos tóxicos.
As IgD, menos de 1%, são marcadores de diferenciação dos plasmócitos B para a síntese de anticorpos.
As IgE, as mais raras, a não ser quando existe um componente alérgico. Têm uma propensão especial para aderir aos mastócitos e basófilos, induzindo a sua desgranulação e conseqüente libertação de mediadores alérgicos vaso-ativos (com ação celular), como a histamina, bradiquinina, serotonina, heparina, SRS-A e vários enzimas lisosomiais, ou seja, provenientes de organóides intracelulares.

419. B. As imunoglobulinas são constituídas por quatro cadeias protéicas, duas pesadas – H (heavy) e duas leves – L (light); estas quatro cadeias polipeptídicas, ligadas por pontes dissulfídricas (-S-S-) formam uma molécula simétrica com aspecto de Y e possuem uma região variável (Fab), que é específica para cada anticorpo, e uma região constante que é a mesma em muitas moléculas de anticorpos. A região variável, determina as propriedades do local de combinação do anticorpo, enquanto que a parte constante da cadeia pesada (Fc) determina outras propriedades relacionadas com a eliminação do antígeno.


Os anticorpos são, portanto, produzidos por linfócitos B diferenciados, cada um produzindo apenas um tipo de anticorpo. Porém, durante a sua existência, a mutação somática pode produzir mudanças adicionais nas regiões variáveis (V), introduzindo ajustamentos específicos na afinidade de um anticorpo para o seu antígeno. Durante este processo de diferenciação, uma das regiões V liga-se, ao nível do DNA, com um gene do grupo D (diversidade) e J (joining = união), formando um conjunto de três genes, que produz a porção variável da cadeia pesada de uma molécula de anticorpo. Esta redistribuição dos genes das imunoglobulinas permite bihões de combinações, para idêntico número de antígenos que possam surgir.

EXERCICIOS SOBRE BIOMAS

Biomas: testes com respostas comentadas.

1. A Mata Atlântica é uma floresta tropical que se estende desde o Rio Grande do Norte até o Sul em montanhas e planícies litorâneas. São características dessa floresta, EXCETO:
a) Apresentar grande diversidade de plantas e animais.
b) Proporcionar abrigo para animais em extinção.
c) Possibilitar o desenvolvimento do ecoturismo.
d) Apresentar baixa densidade de espécies e de indivíduos.
e) Constituir um banco de genes das espécies nativas.

Comentário: Todo bioma contém uma comunidade clímax e, como tal, o máximo de espécies para aquelas condições climáticas. E, dentro de cada espécie, o máximo em indivíduos que a resistência ambiental permite.



2. Assinale a alternativa correta.
A) A sucessão num ecossistema pode ser descrita como uma modificação em direção a uma grande diversidade e, conseqüentemente, a um número de nichos ecológicos muito maior.
B) A sucessão secundária é aquela que leva a comunidade ao estágio de estabilidade bem alta (epístase), capaz de pronta resposta a modificações físicas, estágio de comunidade clímax.
C) Acredita-se que a baixa estabilidade das comunidades clímax seja devida, basicamente, à sua grande diversidade de espécies. Muitas interações diferentes causam mudanças constantes na comunidade.
D) No estágio inicial do povoamento de uma área, ou seja, na sucessão primária, diminui a reciclagem de nutrientes e da biomassa total, pois muitas gramíneas são substituídas por árvores.

Comentário: Quanto maior for o número de espécies, mais diversificados serão os comportamentos e, conseqüentemente, os nichos ecológicos. As comunidades vão se sucedendo, criando um ambiente com condições cada vez mais estáveis.



3. A gravura representa uma paisagem correspondente a um dos principais tipos de ecossistema do continente africano. Identifique esse ecossistema e localize-o no mapa, de acordo com o algarismo correspondente.


a) Floresta equatorial .... 3
b) Savana ................. 2
c) Floresta equatorial .... 2
d) Savana ................. 1
e) Floresta equatorial .... 1

Comentário: Os campos do tipo savana extendem-se da África Central para o sul e são habitados por grandes herbívoros e predadores, acompanhados de seus comensais, comedores de seus restos.





4. Leia o texto abaixo.
“Subindo sempre, os campos misturados com pinhais se adiantam até a orla exterior. De vez em quando, vastas porções planas são inteiramente brejosas, revestidas de uma vegetação palustre estranha, entre a qual assomam em toda a parte, os frutos purpúreos de Sphagnum, o musgo das turfeiras.” (RAMBO, Balduíno S.J.. A fisionomia do Rio Grande do Sul. Ed. Unisinos, 1994.) As comunidades fisionomicamente descritas no texto acima, estão associadas a que tipo de vegetação natural do Rio Grande do Sul?
A) À vegetação de dunas.
B) À mata com araucária.
C) À mata de restinga.
D) À campos da campanha.
E) À banhados litorâneos.

Comentário: Localiza-se principalmente na região sul, ocorrendo também em elevadas altitudes na região sudeste. O clima é o subtropical, com chuvas relativamente regulares o ano todo, e temperaturas relativamente baixas. A área ocupada por este domínio vegetal é hoje largamente utilizada pela agricultura devido a fertilidade deste solo de coloração vermelha, a "terra roxa", de origem vulcânica. A araucária (Araucaria augustifolia) ou Pinheiro-do-Paraná era muito abundante. Esta árvore pode atingir até 50m, produz sementes comestíveis, o tradicional pinhão, e tem seus ramos distribuídos em torno do tronco central. Por existir pouca diversidade florística, devido ao clima frio, e a alelopatia (inibição do crescimento de outras plantas próximas, fato comum em pinheiro), as araucárias se sobressaem, ficando isoladas; o que torna extremamente fácil a sua extração, fato que as colocou a beira de extinção, bem como aos demais organismos relacionados a ela. Existem algumas plantas que se beneficiam da alelopatia, como por exemplo a erva-mate.



5. Biomassa é um termo que se refere:
a) à quantidade de espécies em um determinado habitat.
b) ao volume que um determinado ser vivo possui.
c) à área que todos os indivíduos de uma espécie, somados, ocupam.
d) ao peso, em matéria orgânica, dos seres vivos.
e) à quantidade de água presente nos seres vivos.

Comentário: também podemos relacionar com a fotossíntese, processo no qual as plantas captam energia do sol e a transformam em energia química. Esta energia pode ser convertida em eletricidade, combustível, calor por vários processos. As fontes orgânicas que são usadas para transformar energia usando estes processos são chamadas de Biomassa.



6. O que acontece quando uma comunidade se torna estável, atingindo o estágio clímax?
a) Aumenta o número de mutações que podem ocorrer nas espécies.
b) Diminui a transmissão dos caracteres adquiridos entre as espécies.
c) Aumentam os efeitos causados pela seleção natural nas espécies.
d) Diminuem as modificações evolutivas nas diferentes espécies.
e) Aumenta a variabilidade genética das espécies.

Comentário: no estágio clímax, a comunidade atingiu um equilíbrio dinâmico, não havendo mais substituição de espécies, atingindo a biomassa um valor máximo. A estabilidade das comunidades clímax existe por conta da sua grande diversidade, pois mais complexas as relações entre os nichos ecológicos e menor a probabilidade de que uma mudança numa das condições possa afetar negativamente o ecossistema como um todo. O aumento da diversidade biológica na área favorece o crescimento das populações, assim a biomassa da comunidade também aumenta ao longo da sucessão.



7. Um estudante realizou um experimento com plantas aquáticas submersas. Quando o sistema foi iluminado, notou o desprendimento de bolhas, que se acumularam no alto do tubo de ensaio. Submetendo o experimento a diferentes intensidades luminosas, observou uma variação no número de bolhas liberadas pelas plantas, conforme a distância da fonte de luz. Com base nos resultados e nas características fisiológicas dos vegetais, é correto afirmar que
(01) as bolhas liberadas pelas plantas são compostas de oxigênio, proveniente da reação de fotólise das moléculas de água, que ocorre no interior dos cloroplastos. Correta.
(02) a fotólise da água constitui uma das reações da etapa fotoquímica da fotossíntese. Correta.
(04) o aumento na intensidade luminosa provoca elevação na respiração das plantas. Por isso, ocorreu o aumento no número de bolhas liberadas no experimento. Errado. Intensificou a fotossíntese, depois a respiração.
(08) o aumento na intensidade luminosa provoca elevação na temperatura da água; no entanto, variações na temperatura não afetam a fotossíntese das plantas. Errado; para uma mesma temperatura, a taxa fotossintética (bruta ou líquida) é maior à medida que aumenta a intensidade luminosa. Para uma mesma intensidade luminosa, a taxa fotossintética é maior à medida que aumenta a temperatura.
(16) a liberação de oxigênio durante a fotossíntese ocorre em plantas aquáticas e em plantas terrestres. Correto.
(32) em todas as plantas aquáticas submersas, assim como nas plantas terrestres, o oxigênio é liberado através dos estômatos, no processo de transpiração. Errado; a transpiração libera vapor d'água.
(64) plantas submetidas a intensidades luminosas superiores ao ponto de compensação fótico não apresentam liberação de oxigênio. Errado; acima do seu ponto de compensação fótico (sua fotossíntese foi mais intensa que a respiração), liberam mais oxigênio.



8. Considerando–se as diferentes regiões do Brasil, muitas características bióticas e abióticas podem ser observadas. Sobre essas características, é correto afirmar que
(01) na floresta pluvial costeira (Mata Atlântica), observa–se grande diversidade de epífitas (bromélias e orquídeas) e de animais (mamíferos, aves, répteis e anfíbios). Correto.
(02) as florestas de araucárias apresentam um estrato arbóreo homogêneo, um estrato arbustivo denso e um estrato herbáceo no qual existem gramíneas formando uma vegetação rasteira. Errado. As matas de araucárias (ou pinheiral) são constituidas de diversas comunidades florestais. A araucária (Araucaria angustifolia) é uma conífera que atinge até 40 metros de altura e está frequentemente associada ao Podocarpus (pinheirinho) e a samambaiaçus, mirtáceas, erva mate, liquens, orquídeas e bromélias. Trata-se de uma espécie pioneira, adaptada ao sol; é colonizadora de campos ensolarados, formando agrupamentos que são invadidos por árvores e arbustos (Schinus, Lithrala, Myrceugenia, Drimys), iniciando o processo de sucessão em que acabará prevalecendo a canela-lagiana (Ocotea pulchella). Avançando-se o processo, a submata é dominada pela imbuia (Ocotea porosa) unida ao cedro e à erva-mate. Constitui uma associação de vegetais valiosos, mas de pobre diversidade, composta de raras vinte espécies de árvores. As espécies de sua fauna são adaptadas à vida umbrófila (sombria) e ao ambiente úmido; formada por cutias, veadosmateiros (mazana americana), caititus, queixadas (tayassu), tamanduás-mirins (Tamandua tetradactyla), tatus, pacas, ratos-do-mato, ouriços cacheiros e, nos estratos mais altos, alguns símios: o macaco-prego e o barbado ou guariba. Nela habitam também a gralha-azul, importante na dispersão das sementes, e diversas aves como o papagaio charão (amazona pretrei), o melro, o grimpeiro, o pica-pau-do-campo, o macuco, o inhambu e o jacu. Poucos répteis, restritos às serpentes, e poucos anfíbios. É bioma que possui características particulares e mais específicas e, em suas fases, ilustra bem o processo sucessório que a levará à floresta pluvial.
(04) os manguezais constituem biomas litorâneos de vegetação arbustiva cujo solo é lodoso, onde vivem diversas espécies de caranguejos e moluscos. Correto.
(08) na região litorânea, onde não há estuário e o solo é arenoso, aparecem as dunas e as restingas, cuja fauna é pouco diversificada e as espécies vegetais estão adaptadas ao excesso de sol e à salinidade. Errado; de maneira geral, a palavra restinga é utilizada para todos os tipos de depósitos arenosos litorâneos, de origens variadas, caracterizados, em geral, por superfícies baixas e levemente onduladas, com suave declive rumo ao mar. Podemos considerar como “vegetação de restinga” o conjunto de comunidades vegetais fisionomicamente distintas, sob influência marinha e flúvio- marinha, distribuídas em mosaico e em áreas com grande diversidade ecológica, sendo classificadas como comunidades edáficas, por dependerem mais da natureza do solo que do clima. Quaresmeiras, Orquídeas, cactos, pitangas, bromélias são algumas plantas comuns da restinga. Suas raízes são na maioria, extensas e superficiais para aumentar a superfície de absorção e contribuir para a fixação no substrato móvel. À medida que se caminha do mar em direção ao continente, ocorre uma redução na concentração salina no solo, o que caracteriza formações vegetais distintas. A expansão urbana e a caça indiscriminada têm concorrido bastante para o desaparecimento de muitos espécies de mamíferos da restinga. Até a onça-parda e a suçuarana ocorriam aí normalmente, assim como suas presas, o veado-do-catingueiro, o porco do mato e roedores como a capivara, a paca e a cotia. Atualmente os mamíferos predadores se restringem ao cachorro-do-mato, o coati, o guaxinim e alguns felinos como o gato-do-mato, esses bastante escassos. Além de gambas ocorrem ainda alguns roedores, entre eles o simpático caxinguelé. A ave fauna regional é também encontrada em outras comunidades bióticas adjacentes às restingas. Nas praias arenosas, há os urubus, gaivotas e maçaricos entre outras, são comedoras de pequenos antrópodes ou se alimentam de carniça. Nas partes mais internas das restingas, onde a vegetação florestal é mais desenvolvida encontrem se aves como a rolinha-da-restinga, anus, bacuraus, beija-flores. Nas partes descampadas vive o indefectível corujinha-buraqueira, que usa as tocas abandonadas de tatu ou constroi seus abrigos, cavando o solo com as patas. Também podemos encontrar a corujinha-do-mato. Também são numerosos os passiformes, como o sabiá-da-praia, o tiê-sangue, os sanhaços, sairas e a pequena cambacica.
(16) no pantanal, podem ser encontradas espécies do cerrado, das matas ciliares e da Mata Atlântica. A fauna é pouco diversificada com pequena variedade de peixes. Errado.
(32) a vegetação do cerrado é composta por árvores e arbustos de pequeno porte, com características xeromórficas. A fauna variada apresenta, entre outros animais, o lobo guará, o tamanduá–bandeira e o tatu–canastra. Correto. As árvores do cerrado são muito peculiares, com troncos tortos, cobertos por uma cortiça grossa, cujas folhas são geralmente grandes e rígidas. Muitas plantas herbáceas têm órgãos subterrâneos para armazenar água e nutrientes. Cortiça grossa e estruturas subterrâneas podem ser interpretadas como algumas das muitas adaptações desta vegetação às queimadas periódicas a que é submetida, protegendo as plantas da destruição e capacitando-as para rebrotar após o fogo.
O Tatu-canastra é o maior entre as espécies de tatus que vivem no Brasil. Pode chegar a 30 quilos. Ele prefere viver em campos abertos, como os cerrados, onde é mais fácil encontrar a refeição de formigas e cupins. Por isso, é importante no controle desses insetos. O Tatu-canastra tem muitos dentes, mas perde todos ao longo da vida e é muitas vezes chamado de "mamífero desdentado". A espécie garante a comida com as unhas bem-afiadas e compridas, que usa para cavar buracos em formigueiros e cupinzeiros. Os buracos que cava também servem de moradia. O Canastra é um tatu solitário e de hábitos noturnos, que não se adapta a cativeiros. Ele só é visto acompanhado na época de reprodução. Mamãe-tatu tem apenas um filhote de cada vez. Por ser apreciado como comida e pela diminuição dos campos onde vive, o Tatu-canastra entrou para a lista de animais ameaçados de extinção.
O tamanduá bandeira é encontrado em campos, savanas, florestas úmidas e cerrados da América Central e América do Sul, desde a Guatemala até a Argentina. No Brasil, é distribuído amplamente por todo o território, concentrando-se nos campos e Cerrado.
O lobo-guará é o maior canídeo da América do Sul e, apesar do nome, estudos genéticos indicam que ele não é um lobo, mas uma espécie distinta adaptada ao Cerrado. Originalmente, era encontrado desde o norte da Argentina até o limite com a Amazônia, no sentido norte-sul; e da Bolívia até o sertão de Pernambuco, leste-oeste. Hoje sua população está restrita às áreas protegidas ou afastadas do Cerrado brasileiro e às áreas inóspitas do Chaco, na Bolívia e no Paraguai. É um animal tímido e se mantém afastado do ser humano; todavia é comum aparecer nas sedes de fazendas, atraídos pelo cheiro da comida, principalmente do arroz cozido ou por animais domésticos como galináceos.



9. Sabendo–se que população é um conjunto de indivíduos da mesma espécie que ocupa uma dada área, em um certo tempo, assinale o que for correto.
(01) Densidade é a relação que existe entre o número de indivíduos que compõem a população e o espaço ocupado por eles. Correto. DENSIDADE pode ser definida como o número de indivíduos por unidade de superfície ou volume.
(02) Entende–se por potencial biótico a capacidade de uma população aumentar numericamente, em condições ambientais favoráveis. Correto.
(04) A população está em crescimento quando os fatores mortalidade e emigração são maiores do que os fatores natalidade e imigração. Errado. No crescimento são maiores a natalidade e a imigração.
(08) Entende–se por resistência do ambiente o conjunto de fatores que impedem a população de crescer conforme o seu potencial biótico. Correto.
(16) As competições intra–específica e interespecífica constituem fatores reguladores do tamanho da população e fazem parte da chamada resistência do ambiente. Correto.
32) Em experiência feita por John T. Emlen com populações de camundongos, concluiu–se que a restrição do alimento com a restrição de espaço aumenta a taxa de natalidade. Errado.
64) O sucesso de uma população de parasitas é, normalmente, tanto maior quanto menos incômodos ou prejuízos causar à espécie hospedeira. Correto.



10. Assinale o que for correto.
(01) A homeostase é um ajustamento adaptativo que consiste em manter constante determinada função orgânica, pela utilização de mecanismos que compensam a variação ambiental.
(02) A relação ecológica conhecida como protocooperação estabelece a associação em que uma das espécies se beneficia, usando restos alimentares da outra que não é prejudicada. Errado; isto é comensalismo.
(04) Os estudos de Gause, tendo o alimento como fator limitante do crescimento de populações biológicas, permitiram concluir que cada tipo de ambiente pode suportar uma quantidade máxima de indivíduos. Correto. Na natureza, além do aspecto alimentar, existem diversos outros fatores que limitam o crescimento populacional. Surge daí o conceito de carga biótica máxima do meio, que é o tamanho máximo de determinada população que um meio pode suportar. Nesse caso o alimento representa um fator limitante a medida que a população cresce e mais "bocas" precisam ser alimentadas. E é exatamente por isso que a taxa de crescimento diminui com o aumento populacional. Por isso temos menos espécies e de maior tamanho no topo da pirâmide de biomassa, o que também tem a ver com a base mais larga observada na pirâmide de energia.
(08) Uma comunidade, após determinado tempo de evolução, atinge um estado de relativa estabilidade, compatível com as condições da região. Essa comunidade estável é a comunidade clímax, que constitui o estágio final da sucessão ecológica. Errado.
(16) Os biomas terrestres têm suas características mais marcantes relacionadas ao tipo de fauna que apresentam, ou seja, sua composição faunística (?). Por isso, são também conhecidos como formações zoogeográficas. Errado, um bioma inclui fauna e flora.
(32) O desenvolvimento sustentado estabelece que o crescimento econômico deve ser regido por políticas capazes de manter os recursos naturais sem destruir o ambiente, encontrando alternativas energéticas e novas tecnologias para a produção de recursos e para o reaproveitamento de resíduos.
(64) As regiões do ambiente marinho são divididas de acordo com a profundidade e penetração de luz. A zona fótica é a mais superficial. Abaixo dessa, está a zona afótica, que é subdividida. Apesar disso, em todas as regiões há vida, na mesma riqueza e abundância. Errado.



11. Assinale o que for correto.
(01) A pirâmide de energia expressa a quantidade de energia acumulada em cada nível da cadeia alimentar e também representa um fluxo crescente da base para o ápice, o que significa que, quanto mais distante dos produtores estiver um determinado nível trófico, maior será a quantidade de energia útil recebida. Errado; quanto mais alto o nível trófico menor será a quantidade de energia recebida.
(02) A biosfera, como porção da Terra biologicamente habitada, compreende o conjunto de todos os ecossistemas do planeta. Pode ser dividida em três grandes biociclos: terrestre, dulcícola e marinho. Correto.
(04) As sociedades são relações interespecíficas, cujos integrantes revelam pequeno grau de liberdade em termos de movimentação e profunda interdependência fisiológica. Errado, isto é característica de colônias, onde os indivíduos estão ligados anatomicamente.
(08) Parasitas monogenéticos são aqueles que completam o ciclo evolutivo no interior de dois ou mais hospedeiros. Errado; completam o seu ciclo num único hospedeiro.
(16) Biótopo é o conjunto de todos os organismos estabelecidos numa determinada área, sendo constituído pela somatória das populações presentes no local. Errado; é constituído por componentes abióticos.
(32) Zoogeografia é o estudo da distribuição geográfica dos animais por regiões. A distribuição proposta por Alfred Russel Wallace define as regiões faunísticas como neártica, paleártica, neotrópica, etiópica, oriental e australiana.
(64) A comunidade clímax pode estar presente tanto no início quanto no final do processo da sucessão ecológica. Errado; se estiver no início teremos uma sucessão secundária a seguir.




12. No planeta Terra existem muitas plantas e animais, inclusive os humanos, além de numerosos microrganismos, que mantêm relações uns com os outros e com o ambiente em que vivem. Sobre as relações existentes entre os seres vivos, assinale o que for correto.
(01) As colônias de corais constituem um exemplo de relação harmônica intra–específica, decorrente da associação de organismos morfofuncionalmente integrados. Correto.
(02) Insetos sociais como as abelhas, os cupins e as formigas estabelecem relações intra–específicas em sociedades em que há divisão cooperativa do trabalho.
(04) As orquídeas e as bromélias existentes nos caules das árvores constituem exemplos de relação desarmônica intra–específica denominada parasitismo ou epifitismo. Errado, é um caso harmônico de inquilinismo.
(08) Os líquens constituem exemplo de relação harmônica interespecífica denominada comensalismo. Errado, é um mutualismo.
(16) O herbivorismo e o parasitismo, no nível individual, podem ser considerados relações harmônicas interespecíficas porque contribuem para o equilíbrio das populações dos organismos envolvidos. Errado; ao nível da espécie há vantagens, seleção e higiene, mas ao nível do indivíduo ocorrerá desarmonia.
(32) Coelhos comem vegetais e servem de alimentos para corujas e cobras. Nesta cadeia alimentar, verificam–se relações desarmônicas interespecíficas de competição entre corujas e cobras e de predatismo dos coelhos. Correto. Dois predadores competem pela mesma presa.



13. Considere as características a seguir e assinale o que for correto.
A) Triblásticos
B) Diblásticos
C) Acelomados
D) Celomados
E) Pseudocelomados
F) Tubo digestivo ausente
G) Tubo digestivo incompleto ou ausente
H) Tubo digestivo completo
I) Sistema circulatório ausente
J) Sistema circulatório presente
K) Sistema respiratório ausente
L) Sistema respiratório presente

(01) A, E, G e K são características de Mollusca.
(02) A, C, I e L são características de Aschelminthes.
(04) A, C, G e K são características de Platyhelminthes.
(08) A, E, F e J são características de Echinodermata.
(16) A, D, H e J são características de Annelida.
(32) B, F, J e L são características de Poriphera.
(64) B, H, I e L são características de Coelenterata (ou Cnidaria).



14. Nos biomas aquáticos, a região ocupada pelos produtores é
a) região disfótica.
b) região bentônica.
c) região fótica.
d) região nectônica.
e) região afótica.



15. Na flora predominam as cactáceas, árvores baixas e arbustos que em geral perdem as folhas na estação das secas. O clima é quente, com ventos fortes e secos. Na fauna, destacam-se os predadores como o gavião, pequenos herbívoros roedores como preás etc. O texto refere-se
a) às caatingas.
b) aos campos.
c) aos estepes.
d) às savanas.
e) aos desertos.



16. O critério mais importante para determinar se duas populações pertencem ou não a mesma espécie é
a) a determinação da possibilidade de trocas de genes entre as populações.
b) a determinação da localização geográfica das populações.
c) o exame de suas características morfo-fisiológicas.
d) a análise dos habitats em que elas se encontram normalmente.
e) a determinação das necessidades ecológicas das populações.



17. As bromélias e orquídeas são plantas:
a) Epífitas
b) Parasitas
c) Xerófitas
d) Mutualísticas
e) Simbiônticas



18. Os animais e vegetais, muitas vezes, apresentam adaptações morfofisiológicas, a fim de sobreviverem num determinado Biociclo Terrestre (Epinociclo). Observe as características abaixo enunciadas:
Dos vegetais: redução da superfície foliar, estômatos com ação mais rápida e capacidade de armazenamento de água.
Dos animais: formação de urina e fezes concentradas, escassez ou ausência de glândulas sudoríporas e capacidade de utilização de água metabólica.
As adaptações acima citadas são características dos vegetais e animais que habitam:
a) as tundras
b) as florestas tropicais
c) os desertos
d) as florestas temperadas decíduas
e) a taiga



19. Relativo à ciência que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o meio em que vivem, é correto afirmar que
(01) a biosfera pode ser definida como o conjunto dos ecossistemas do nosso planeta. Correto; também podemos afirmar que é o conjunto dos biociclos ou o maior de todos os ecossistemas.
(02) nicho ecológico pode ser definido como o hábitat de uma espécie. Errado; não é uma área física mas o seu comportamento.
(04) a instalação de líquens nas rochas nuas de um ambiente sem vida é um exemplo de comunidade clímax. Errado, é uma comunidade pioneira.
(08) o desenvolvimento de uma comunidade em uma área anteriormente ocupada por outras comunidades bem estabelecidas é denominada sucessão ecológica secundária. Correta.
(16) a densidade de uma população é afetada somente pelas taxas de natalidade e mortalidade. Errado; também é afetada por emigração e imigração e por toda a resistência ambiental.
(32) As substâncias orgânicas que os heterotróficos usam na sua alimentação são, em parte, utilizadas na produção das suas próprias substâncias e incorporadas na sua biomassa. Correto. A quantidade de substâncias orgânicas alimentares incorporadas pelos heterotróficos, durante um determinado período de tempo, constitui a produção secundária ou, melhor, a produtividade secundária de um ecossistema é a quantidade de matéria orgânica incorporada pelos consumidores.
(64) a matéria orgânica e a energia não absorvidas pelos seres autotróficos compõem o alimento disponível para os consumidores. Errado. O alimento é substância que contém energia e que foi incorporada ao organismo de um ser vivo.



20. Assinale a(s) alternativa(s) que relaciona(m) corretamente os biomas brasileiros com a fauna e vegetação correspondentes.
Bioma - Fauna - Vegetação
(01) Caatinga - Onça-pintada, pirarucu - Peroba, mogno
(02) Cerrado - Gralha-azul, mico-leão - Samambaiaçu, erva-mate
(04) Floresta Amazônica - Peixe-boi, preguiça - Seringueira, guaraná
(08) Mata Atlântica - Mico-leão-dourado, suçuarana - Pau-brasil, jequitibá
(16) Mata das Araucárias - Tamanduá, onça-pintada - Sucupira, pequi
(32) Mata dos Cocais - Tuiuiú, sucuri - Vitória-régia, rizófora
(64) Pantanal - Veado-catingueiro, sagüi-preto - Babaçu, carnaúba.

Comentário: A preguiça é um, animal de tamanho médio com cabeça pequena e redonda, cauda curta e longas extremidades que acabam em três dedos bem desenvolvidos que com cumpridas e curvadas garras. Está totalmente adaptado à vida arbórea. Vive na América Central e do Sul, e mede entre 40 e 75 cm., pesando entre 2,3 e 5,5 Kg. Seu período de gestação dura de 120 a 180 dias e o animal gera um só filhote. Ele mama durante as 4 primeiras semanas de vida e fica com a mãe até os seis meses de idade. Prefere habitar as matas ombrófilas densas (muito úmidas/chuvosas) e pouco descem ao solo. Alimenta-se principalmente de folhas. De costumes solitários, possui hábitos tanto diurno quanto noturno.
O mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) é conhecido em todo o mundo como símbolo da conservação da natureza no Brasil. Este primata de pequeno porte mede aproximadamente de 25 a 35cm, tem cauda de 30 a 40cm e pesa em torno de 600g. A pelagem tem a cor de fogo, variando a tonalidade ao longo do corpo. Na cabeça ostenta uma espécie de juba, a qual deve lhe ter valido a denominação. Além da rara beleza que chamava a atenção dos contrabandistas, a destruição das matas foi a razão principal do seu desaparecimento, sendo que as que ainda hoje constituem o habitat do mico-leão-dourado estão confinadas a pequenas ilhas da Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro.
A suçuarana também é conhecida como puma e onça parda. Vive em florestas densas ou vegetação do tipo da mata ciliar, sobe com facilidade em grandes árvores para caçar ou esconder-se. Refugia-se em ocos ou covas ao pé de grandes troncos e em grutas, onde normalmente cria suas ninhadas de 2 a 4 filhotes. É um predador de importância no controle populacional de aves e mamíferos de porte pequeno a médio, atualmente ameaçada de extinção devido a caça predatória.



21. Assinale a afirmativa que contenha apenas fatores abióticos que influenciam o equilíbrio de um ecossistema:
a) água, competição e parasitismo.
b) água, temperatura e competição.
c) água, temperatura e salinidade.
d) salinidade, predatismo e competição.
e) predatismo, competição e parasitismo



22. Caminhando-se da maior para a menor escala do ambiente tem-se:
a) bioma - ecossistema - população - comunidade - indivíduo - biosfera.
b) biosfera - bioma - ecossistema - comunidade - população - indivíduo.
c) indivíduo - população - comunidade - ecossistema - bioma - biosfera.
d) bioma - ecossistema - população - indivíduo - biosfera - comunidade.
e) ecossistema - bioma - biosfera - comunidade - população - indivíduo.



23. A formação vegetal sujeita a inundações diárias, com espécies adaptadas a ambientes alagados e com grande variação hialina, denomina-se
a) pantanal.
b) manguezal.
c) mata de iguapó.
d) floresta atlântica ombrófila densa.
e) várzea.

Comentário: os manguezais situam-se na faixa litorânea, pois são ecossistemas complexos que em suma ligam as águas dos oceanos com a terra firme. Nos manguezais brasileiros predominam três espécies vegetais, as quais, pela uniformidade de cada região, determinam o nome popular do mangue em : Rhizophora mangle (mangue vermelho); Avicennia schaueriana(mangue prêto) e Laguncularia racemosa (mangue branco). O manguezal é um tipo singular de vegetação litorânea, resultante da mistura da água salgada do mar, com os sedimentos provenientes dos rios. O solo é lodoso, e quase sempre encharcado (variando com a maré), sua salinidade é alta, e é pouco arejado; o que impossibilita a existência de uma rica flora. Devido a grande quantidade de matéria orgânica em decomposição o mangue apresenta odor de enxofre característico.



24. Uma plantação de milho (Gramineae) é atacada por uma lagarta (Lepidoptera). Esta lagarta serve de alimento para uma tesourinha (Dermaptera) e também é infestada por nematóides (Nematoidea). O conhecimento das relações entre os diferentes organismos é a base para o controle biológico de pragas e para uma agricultura mais racional.
O texto acima refere-se, na ordem em que aparecem, a organismos denominados
a) produtores, simbiontes, herbívoros, predadores.
b) parasitas, produtores, predadores, herbívoros.
c) predadores, parasitas, produtores, amensais.
d) comensais, herbívoros, predadores, parasitas.
e) produtores, herbívoros, predadores, parasitas.



25. Correlacione o tipo de vegetação com as características da flora:
1. Cerrado
2. Caatinga
3. Floresta tropical
4. Manguezal
5. Zona dos cocais

( 2 ) Presença de árvores que perdem suas folhas periodicamente e de plantas suculentas com folhas transformadas em espinhos
( 1 ) Árvores com troncos tortuosos, de casca grossa, folhas coriáceas e revestidas por pêlos.
( 4 ) Ocorrência de árvores com raízes aéreas do tipo escora e respiratórias
( 3 ) Árvores de grande porte e número extraordinário de lianas e epífitas.

A seqüência CORRETA é:

a) 2, 1, 4, 3
b) 5, 1, 2, 3
c) 3, 1, 4, 5
d) 1, 2, 4, 3
e) 2, 1, 5, 4

SISTEMA NERVOSO

O Sistema Nervoso: neurônios, estrutura e sinapses.

O tecido nervoso é constituído por dois componentes principais: os neurônios e células da glia ou neuróglia, que, além de sustentarem os neurônios, participam da atividade neural, da nutrição dos neurônios e de processos de defesa do tecido nervoso. No sistema nervoso central há uma certa separação entre os corpos celulares dos neurônios e os seus prolongamentos. Isto faz com que sejam reconhecidas no encéfalo e na medula espinhal duas porções distintas, denominadas substância branca e substância cinzenta. A substância cinzenta é assim chamada porque mostra essa coloração quando observada macroscopicamente. É formada principalmente por corpos celulares de neurônios e células da glia, contendo também prolongamentos de neurônios.
A substância branca não contém corpos de neurônios, sendo constituída prolongamentos de neurônios e células da glia. Seu nome origina-se da presença de grande quantidade de um material esbranquiçado denominado mielina, que envolve certos prolongamentos dos neurônios (axônios).

Todos os estímulos do nosso ambiente causando sensações como dor e calor, todos os sentimentos, pensamentos, programação de respostas emocionais e motoras, bases neurais da aprendizagem e memória, ação de drogas psicoativas, causas de distúrbios mentais, e qualquer outra ação ou sensação do ser humano, não podem ser entendidas sem o fascinante conhecimento do processo de comunicação entre os neurônios.


Neurônios são células especializadas. Eles são feitos para receber certas conexões específicas, executar funções apropriadas e passar suas decisões a um evento particular a outros neurônios que estão relacionados com aqueles eventos. Estas especializações incluem uma membrana celular, que é especializada para transportar sinais nervosos como pulsos eletroquímicos; o dendrito (do grego dendron, ou árvore), que recebe e libera os sinais, o axônio (do grego axoon, ou eixo), o "cabo" condutor de sinais, e pontos de contatos sinápticos, onde a informação pode ser passada de uma célula a outra.

A Estrutura do Neurônio. Um neurônio típico tem quatro regiões morfologicamente definidas: dendritos, corpo celular, axônio, e terminais pré-sinápticos. A cromatina nuclear é escassa, enquanto que o nucléolo é muito proeminente. O DNA está presente na cromatina sexual, que é maior em neurônios de indivíduos do sexo feminino. A substância cromidial no citoplasma é chamada de substância de Nissl. À microscopia eletrônica mostra-se disposta em tubos estreitos recobertos de finos grânulos. Estudos histoquímicos e outros demostraram-na constituída de nucleoproteínas. Estas nucleoproteínas diminuem durante a atividade celular intensa.



Neurônios recebem sinais nervosos de axônios de outros neurônios. A maioria dos sinais é liberada aos dendritos. Os sinais gerados por um neurônio são enviados através do corpo celular, que contém o núcleo, o "armazém" de informações genéticas. Axônios são as principais unidades condutoras do neurônio. O cone axonal é a região na qual os sinais das células são iniciados. Células de Schwann, as quais não são partes da célula nervosa, mas um dos tipos das células gliais, exercem a importante função de isolar neurônios por envolver seus processos membranosos ao redor do axônio formando a bainha de mielina, uma substância gordurosa que ajuda os axônios a transmitirem mensagens mais rapidamente do que as não mielinizadas. A mielina é quebrada em vários pontos pelos nódulos de Ranvier, de forma que em uma secção transversal o neurônio se parece como um cordão de salsichas. Ramos do axônio de um neurônio (o neurônio pré-sináptico) transmitem sinais a outro neurônio (o neurônio pós-sináptico) em um local chamado sinapse. Os ramos de um único axônio podem formar sinapses com até 1000 outros neurônios.


Sabe-se que neurotransmissores como a dopamina, noradrenalina e serotonina são catecolaminas sintetizadas por certas células nervosas que agem em regiões do cérebro promovendo vários efeitos comportamentais. Depois de sintetizados, estes neurotransmissores são armazenados dentro de vesículas sinápticas. Quando chega um impulso elétrico no terminal nervoso, as vesículas se direcionam para a membrana do neurônio e liberam o conteúdo, por exemplo, da dopamina, na fenda sináptica. O neurotransmissor então atravessa essa fenda e se liga aos seus receptores específicos na membrana do próximo neurônio (neurônio pós-sináptico).


Uma série de reações occorre quando a dopamina ocupa receptores dopaminérgicos daquele neurônio: alguns íons entram e saem do neurônio e algumas enzinas são liberadas ou inibidas. Após o neurotransmissor ter se ligado ao receptor pós-sináptico ele é recapturado novamente por sítios transportadores daquele neurotransmissor localizados no primeiro neurônio (neurônio pré-sináptico). A recaptura dos neurotransmissores é um mecanismo fundamental para manter a homeostase e capacitar os neurônios a reagir rapidamente a novas exigências, já que o trabalho do cérebro é constante.


Fonte: http://www.nib.unicamp.br/svol/cerebro2.html. Créditos das imagens: Silvia Helena Cardoso e André Malavazzi. Revista Cérebro & Mente.



Fontes:
http://www.nib.unicamp.br/svol/cerebro2.html
http://www.biociencia.org/morfologia/neuronioneuroglia.htm
http://www.epub.org.br/cm/n07/fundamentos/neuron/rosto.htm
Bear, M.F.; Connors, Barry W. e Paradiso, Michael. Neuroscience: Exploring the Brain. Williams & Wilkins, 1996.
Greenfield, A. A. Human Mind Expalined. Henry Holt And Company, 1996
Alberts, B; Bray, D; Lewis, J; Raff, M; Roberts, K; Watson, J. D. (1997) Biologia Molecular da Célula. Traduzido por Amauri Braga. 3.ed. Porto Alegre: Artes Médicas.
Gardner, E. (1967) Anatomia: estudo regional do corpo humano. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Junqueira, L.C.; Carneiro, J. (1990) Histologia básica. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Machado, A. B. M. (1979) Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu.

como funciona uma celula

Como funciona uma célula?
A célula é a menor unidade estrutural de todos os organismos vivos. As bactérias, por exemplo, são formadas por uma única célula e por isso são consideradas organismos unicelulares. As plantas são organismos pluricelulares, pois possuem muitas células. No interior de cada célula existem estruturas encarregadas de garantir sua respiração, nutrição, movimento e, se necessário, sua divisão. As células podem ter muitos formatos e tamanhos. A gema do ovo da galinha é uma célula arredondada e pode ser vista a olho nu. Mas precisamos de um microscópio para ver as células da pele humana, muito pequenas e prismáticas. As células nascem, crescem e morrem.




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1. Toda célula tem uma mãe
As células foram observadas pela primeira vez em 1665 (século XVII) pelo cientista inglês Robert Hooke. Ele percebeu que a lâmina fina de cortiça que examinava ao microscópio era formada por pequenas câmaras, às quais denominou células, por lembrarem as celas de um favo de mel.
No século XIX, os biólogos alemães Theodor Schwann e Rudolf Virchow formularam os três postulados (enunciados que servem de base a uma teoria) da teoria celular: todos os seres vivos são formados por uma ou mais células; a célula é a unidade anatômica e funcional dos seres vivos; toda célula procede de outra preexistente, isto é, possui uma célula-mãe.


Estrutura da membrana.
Clique na imagem para ampliá-la A cortiça é a parte exterior da
casca de algumas árvores. É
formada por um tecido poroso,
leve e impermeável. A parede
de suas células está impregnada de suberina, uma substância que faz com que sejam impermeáveis. À direita, o desenho das observações feitas por Hooke da estrutura
celular da cortiça, publicado em Micrographia (Londres, 1665).



2. As células têm diversas formas e tamanhos
A forma das células é decorrente da pressão exercida por outras células e das funções que
executam. Desse modo, as células podem ter forma estrelada (a célula nervosa), bicôncava
(a célula de um glóbulo vermelho do sangue) ou prismática (a célula da epiderme [a camada
exterior] da cebola), entre numerosas outras formas. O tamanho das células é muito variável
e oscila entre os poucos micrômetros de uma bactéria até os centímetros da gema dos ovos.


3. Os orgânulos celulares
Os orgânulos celulares são estruturas localizadas no citoplasma que realizam funções específicas:

Membrana plasmática: envoltório que seleciona a entrada e a saída de substâncias da célula.
Retículo endoplasmático: conjunto de tubos, canais e sacos membranosos por dentro dos quais
circulam substâncias fabricadas pela célula. Pode ser liso ou rugoso (com adesão de ribossomos).
Complexo de Golgi: conjunto de saquinhos membranosos, achatados e empilhados, cuja função
é armazenar substâncias fabricadas pela célula.
Ribossomos: grânulos responsáveis pela fabricação das proteínas celulares. Podem ser
encontrados livres no citoplasma ou aderidos às membranas do retículo endoplasmático.
Mitocôndrias: bolsas membranosas onde ocorre a respiração celular.
Lipossomos: saquinhos membranosos que contêm enzimas digestivas. Digerem partículas ou
estruturas celulares desgastadas pelo uso.
Centríolos: cilindros de paredes tubulares relacionados com o esqueleto da célula e com os
movimentos celulares. Ausentes em células de plantas superiores (angiospermas – plantas com flores).
Peroxissomos: bolsas membranosas (semelhantes aos lipossomos) que contêm alguns tipos de
enzimas digestivas que degradam as gorduras e os aminoácidos. Uma dessas enzimas, a catalase,
decompõe a água oxigenada (H2O2), prevenindo lesões oxidativas da célula.



Bactérias
(Escherichia coli).



Glóbulo vermelho

Neurônios


Células da epiderme
de uma cebola


O formato das células costuma
estar relacionado com as funções
que desempenham. A forma
bicôncava do glóbulo vermelho,
por exemplo, possui uma superfície
maior para captar o oxigênio nos
pulmões e também para dispor de
mais elasticidade no momento de
passar por capilares com diâmetro menor.


Núcleo celular durante
o período de repouso
entre a primeira e a segunda
divisão por mitose (a intercinese). Durante a intercinese, os
cromossomos não são visíveis.






Durante a divisão celular, os
centríolos deslocam-se individualmente para os
pólos da célula como parte
de um processo longo e
complexo: as fases da mitose.


4. O comando genético da célula
O núcleo da célula organiza e controla as atividades celulares. No núcleo estão alojados os cromossomos, pequenos bastões que guardam a informação genética (conjunto das características genéticas próprias de cada indivíduo) e cujo aspecto varia ao longo do ciclo celular (conjunto de todas as etapas pelas quais passa uma célula durante a sua vida). Quando a célula está em repouso, os cromossomos podem parecer uma massa emaranhada de filamentos, chamada cromatina. Quando a célula está se dividindo, adotam a forma característica de bastão.


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5. As células dos vegetais
Além da membrana celular, as células vegetais possuem uma parede formada por celulose. No citoplasma da célula vegetal existem os cloroplastos (orgânulos essenciais à realização da fotossíntese que contêm a clorofila, pigmento verde que a torna possível) e alguns vacúolos (orgânulos esféricos cheios de água e muito maiores que os encontrados nas células animais). A parede celular dá proteção e rigidez à célula e continua existindo mesmo depois que esta morre. As células vegetais podem armazenar amido como fonte de reserva energética.


6. As células dos animais
As células animais têm um orgânulo chamado centríolo, formado por dois túbulos dispostos perpendicularmente entre si, inexistentes nas células de vegetais superiores (angiospermas – plantas com flores). Sua missão é colaborar na divisão celular e formar os cílios e flagelos.
Para lembrar:

Diferentemente das células vegetais, as células
animais não possuem parede celulósica e, em
vez de armazenar amido, guardam glicogênio
(energia) nos músculos e no fígado.








7. A nutrição nas plantas
As plantas são organismos autótrofos. Isso significa que são capazes de fabricar a matéria orgânica que necessitam para a própria nutrição a partir de água, dióxido de carbono e sais minerais. Esses compostos atravessam sua membrana celular e quando atingem o interior da célula (cloroplastos) transformam-se em matéria orgânica por ação da fotossíntese. Isso se torna possível devido à energia solar. As algas e algumas bactérias também são organismos autótrofos. A fotossíntese é realizada nos cloroplastos com desprendimento de oxigênio. Consiste na síntese de substâncias orgânicas para satisfazer às necessidades da célula vegetal mediante a fixação do gás carbônico do ar pela ação da energia solar. A clorofila desempenha papel indispensável nessa transformação (absorção da luz).


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8. A nutrição nos demais seres vivos
Os organismos heterótrofos são incapazes de produzir matéria orgânica para alimentar-se. A única forma que têm para obter alimento é retirando-o do meio ambiente. A seguir, esse alimento é distribuído por todas as células (circulação) e convertido em moléculas simples graças à intervenção de alguns orgânulos celulares (mitocôndria – respiração). Depois, os produtos residuais dessa transformação, como dióxido de carbono, água e restos nitrogenados (uréia, ácido úrico), são eliminados.
Para lembrar:

Os fungos, os protozoários e os animais
são organismos heterótrofos.
9. A mitose
A mitose é um processo de divisão celular pelo qual, a partir de uma célula denominada
mãe, aparecem as células-filhas, com informação genética idêntica à da célula-mãe.
Primeiro, acontece a divisão do núcleo e, logo depois, ocorre a divisão do citoplasma.
Apesar de ser um processo contínuo, a mitose pode ser descrita em quatro fases:
a prófase, a metáfase, a anáfase e a telófase.
Antes de iniciar a mitose, cada cromossomo faz uma cópia de si mesmo, para
depois dividir-se igualmente entre as células-filhas. Desse modo, cada célula herda
a mesma informação genética.

A interfase é o período de
repouso da célula entre
uma mitose e a seguinte.
Nesta fase, a célula
duplica seus cromossomos.

Na metáfase, surge uma
estrutura integrada por
fibras à qual aderem os
cromossomos. Essa estrutura
chama-se fuso acromático
e vai de um extremo
ao outro da célula.

Na prófase, a membrana
nuclear desaparece e os
cromossomos tornam-se
visíveis. A cromatina
espiraliza-se e toma
a forma de um bastão.

Na anáfase, as fibras do
fuso arrastam metade
dos cromossomos até um
extremo da célula e
metade para outro
extremo, deixando-os
igualmente divididos.

Na telófase, os cromossomos
tornam-se invisíveis e
forma-se a membrana
nuclear em volta de cada
núcleo-filho. E finalmente
o citoplasma se divide.

Com a descamação, as células
da camada superficial da pele
vão se desprendendo sob a
forma de escamas ou membranas.
É um processo de rejuvenescimento
devido à grande atividade da mitose.







































10. A renovação celular
Nos organismos pluricelulares, a renovação celular é constante, uma vez que é preciso repor as células que morrem. A pele, por exemplo, sofre contínuas descamações (as células mais superficiais morrem e se desprendem), mas se regenera com a reposição de novas células.


Paramécio dividindo-se.
Para sobreviver, os organismos unicelulares precisam se dividir e a célula- mãe desaparece como tal.
11. Morrer para renascer
A maioria dos organismos unicelulares multiplica-se por meio de mecanismos parecidos com a mitose, como ocorre com a ameba ou o paramécio, dois organismos unicelulares pertencentes ao grupo dos protozoários. O organismo progenitor desaparece e surgem os organismos-filhos, exatamente iguais a ele.











Meiose

12. A meiose
A meiose é um processo necessário para que os organismos pluricelulares possam se reproduzir sexualmente. Consiste na fabricação de células sexuais, que possuem somente a metade dos cromossomos próprios da espécie e denominam-se células haplóides (n). Quando uma célula sexual masculina se funde com uma célula sexual feminina, origina-se um novo organismo que terá a dotação cromossômica completa (2n), a chamada célula diplóide.
A formação de novas combinações genéticas (variabilidade) é fundamental para a ocorrência dos processos evolutivos. A meiose contribui para essa variabilidade de duas maneiras importantes: numerosas combinações durante a segregação dos cromossomos homólogos (produção de gametas) e recombinações genéticas proporcionadas pelo fenômeno do crossing-over (troca de pedaços genéticos).
Se na meiose não existisse uma redução cromossômica prévia, quando os gametas se unissem o novo se teria o dobro de cromossomos comparativamente aos de seus pais e nunca chegaria a se desenvolver.

Citologia: Organóides citoplasmáticos

Citologia: Organóides citoplasmáticos.

1. Retículo Endoplasmático: RE

É um conjunto de membranas, estruturas tubulares e vesiculares achatadas, interligadas.Todo o citoplasma é atravessado por uma rede de canais cuja forma e organização espacial é muito variável e à qual se dá a designação genérica de retículo endoplasmático. O próprio invólucro nuclear não é mais do que uma formação especial do retículo endoplasmático. Uma parte do retículo encontra-se, por vezes, associado a numerosos ribossomas.


O retículo adquire uma aparência granulosa e é então designado por retículo endoplasmático granuloso (abreviadamente, REG) ou também rugoso; também é denominado ergastoplasma pelo trabalho de síntese de proteínas.


Por contraste, o retículo endoplasmático desprovido de ribossomas conserva uma aparência lisa; por essa razão é designado por retículo endoplasmático liso (REL). O RE desempenha as seguintes funções:
1.1. Produção de Lipídios: A lecitina e o colesterol são exemplos de componentes lipídicos que existem em todas as membranas celulares e são produzidas no REL. Outros tipos de lipídios produzidos são os hormônios esteróides, dentre os quais estão a testosterona e o estrógeno (hormônios sexuais produzidos nas células das gônadas de animais vertebrados);
1.2. Desintoxicação: O REL participa dos processos de desintoxicação do organismo, sendo que nas células do fígado as substâncias tóxicas são absorvidas e posteriormente são modificadas ou destruídas, de modo a não causarem danos ao organismo. A atuação do retículo das células hepáticas permitem eliminar parte do álcool, medicamentos e outras substâncias potencialmente nocivas que ingerimos.
1.3. Armazenamento de Substâncias: Os vacúolos das células vegetais são exemplos de bolsas membranosas derivadas do REL que crescem pelo acúmulo de soluções aquosas ali armazenadas.
1.4. Síntese de Proteínas: As proteínas fabricadas no RER (devido à presença dos ribossomos) penetram nas bolsas e se deslocam em direção ao aparelho de Golgi, passando pelos estreitos e tortuosos canais do REL.
2. Ribossomos:

Ribossomos são os locais de síntese de proteínas. Eles não são limitados por membranas e portanto ocorrem tanto em procariontes quanto em eucariontes. Os ribossomos de eucariontes são ligeiramente maiores que os de procariontes. Estruturalmente, o ribossomo consiste em uma sub-unidade pequena e outra maior. Bioquimicamente o ribossomo consiste em RNA ribossômico (RNAr) e umas 50 proteínas estruturais. Freqüentemente os ribossomos crescem em cachos no retículo endoplasmático; eles se assemelham a uma série de fábricas que juntam formando algo parecido com uma via férrea.


3. Complexo de Golgi:

São observáveis em muitas células conjuntos de cisternas achatadas e aparentemente empilhadas, envolvidas por inúmeras pequenas vesículas de dimensões variáveis. Não se lhes encontra uma relação de continuidade com o retículo endoplasmático, se bem que dele não estejam distanciados. Estes conjuntos assim descritos designam-se por dictiossomas. Numa célula podem existir um ou vários dictiossomas. Neste último caso, que é o mais frequente, todos os dictiossomas são intercomunicantes. O conjunto dos dictiossomas de uma célula designa-se por aparelho (ou complexo) de Golgi .


Os dictiossomas são estruturas polarizadas, nas quais se distinguem dois pólos ou faces: uma face de formação, onde ocorre a formação das cisternas, e uma face oposta, dita de maturação. A formação das cisternas golgianas realiza-se por coalescência de múltiplas vesículas que se desprendem do retículo endoplasmático, seguramente carregadas de produtos sintetizados. Da face oposta, desprendem-se, por sua vez, inúmeras vesículas carregadas de secreções. Deste modo, facilmente se compreenderá que o dictiossoma é uma estrutura transitória, constantemente em formação, por um lado, e em desagregação, por outro. Habitualmente, os produtos finais empacotados nas vesículas golgianas destinam-se à "exportação" por exocitose e a membrana dessas vesículas, integrando-se na membrana plasmática, compensa as perdas de membrana provocadas, nomeadamente, por endocitoses. Como se verá, os lisossomas são uma exceção a esta regra.
A função primordial do aparelho de Golgi é, contudo, outra: é ao seu nível que se realizam glicosilações de lípidos (formação de glicolípidos) e de proteínas (glicoproteínas) e ainda se sintetizam polissacarídeos, como a celulose. As demais funções do Complexo de Golgi são:
3.1. Secreção de Enzimas Digestivas: As enzimas digestivas do pâncreas são exemplo de enzimas produzidas no RER e levadas até as bolsas do complexo de Golgi, onde são empacotadas em pequenas bolsas, que se desprendem dos dictiossomos e se acumulam em um dos pólos da célula pancreática. A produção de enzimas digestivas pelo pâncreas é apenas um entre muitos exemplos do papel do complexo de Golgi nos processos de secreção celular.


3.2. Formação do Acrossomo do Espermatozóide: na cabeça encontramos um acrossoma, um Golgi bem desenvolvido,secretor e exportador da enzima hialuronidase que, junto com o fator tubário secretada pelo terço superior das trompas, desnuda o ovócito, permitindo a penetração da cabeça e do colo, por ocasião da fecundação. No colo temos um centríolo que coordenará as divisões do zigoto e na peça intermediária inúmeras mitocôndrias que transformarão energia para movimentação da cauda mas não penetrarão no ovócito. Na CAUDA temos o flagelo, cuja movimentação é coordenada por um outro centríolo.


3.3. Formação da Lamela Média em Células Vegetais: A lamela média é a primeira membrana que separa duas células recém - originadas da divisão celular. Os dictiossomos acumulam o polissacarídio pectina, que é eliminado entre as células – irmãs recém – formadas, constituindo a primeira separação entre elas e, mais tarde, a lâmina que as mantém unidas.


http://www.zum.de/Faecher/Bio/BW/bio/Repetito/Mitose1.html

A citocinese centrípeta caracteriza a célula animal ("estrangulamento") enquanto a mitose centrífuga, de dentro para fora, caracteriza a célula vegetal("tabicamento").


4. Lisossomos:

Os lisossomos são corpúsculos envolvidos por uma unidade de membrana, geralmente esféricos de estrutura e dimensões muito variáveis. Contêm no seu interior enzimas hidrofílicas com atividade máxima em pH ácido e por isso, genericamente denominadas de hidrolases ácidas. Possuem uma grande variedade de hidrolases ácidas, capazes de degradar quase todos os conteúdos celulares. Estas hidrolases têm um pH ótimo entre 3 e 6, e portanto o interior dos lissomas é ácido. A acidificação é realizada por Bombas de H+, que usam ATP. As suas enzimas são glicoproteínas provenientes do Golgi, que saem da sua face trans em vesículas específicas. A compartimentação destas enzimas impede a lise indiscriminada dos conteúdos celulares.
Os lisossomas podem ser secundários ou primários, consoante contêm ou não produtos de degradação. Possuem um halo sem conteúdo visível ao microscópio electrónico entre a membrana e o seu interior. Este halo poderá ser devido à presença de oligossacarídeos que poderão proteger a membrana lisossomal da auto-degradação.


Os lisosomas estão envolvidos em processos de autofagia e heterofagia. A formação dos autolisossomas inicia-se quando uma porção de RE envolve uma organela que deve ser destruída, formando uma vesícula em seu redor. Esta vesícula é posteriormente acidificada e funde-se depois com um lisossoma primário, que inicia a degradação. Na heterofagia, os lisossomas fundem-se com endossomas (provenientes da endocitose) ou fagossomas (provenientes da fagocitose). Quando a célula realiza a fagocitose, a partícula sólida é englobada por emissão de pseudópodes, e forma-se vesículas (os fagossomos), a estes fundem-se um ou vários lisossomos, misturando-se assim o material a ser digerido com as enzimas lisossômicas. Formando-se, desta forma o vacúolo digestivo onde ocorrerá a digestão. No interior destes, estas substâncias serão digeridas pelas enzimas lisossômicas.
À medida que a digestão vai ocorrendo, as partículas vão sendo quebradas em partículas menores que partem do vacúolo com destino ao hialoplasma, para serem usadas na fabricação de novas substâncias e no fornecimento de energia à célula. O resto do material que não foi digerido, permanece dentro do vacúolo que deixa de ser um vacúolo alimentar e passa a ser um vacúolo residual e através da clasmocitose é eliminado; o lisossomo primário é o lisossomo propriamente dito, isto é, apenas a bolsa contendo as enzimas. Ao terminar a digestão, o lisossomo secundário pode acumular moléculas que não foram digeridas; esta bolsas cheias de resíduos da digestão são denominadas corpos residuais. Os corpos residuais são, geralmente, eliminados da célula por clasmocitose (também chamado de defecação celular). Quando as partículas a serem englobadas forem líquidas o processo denomina-se pinocitose. Portanto haverá a formação do pinossomo.
Algumas células são capazes de exteriorizar lisossomas para destruir componentes extracelulares, por exemplo na formação de tecido ósseo, em que é necessário eliminar primeiro as células ósseas antigas. São, portanto, originados no complexo de Golgi e estão presentes em praticamente todas as células eucariontes.

4.1. Tipos de Lisossomos:
4.1.1. Lisossomo Primário: É o lisossomo propriamente dito, ou seja, a vesícula possuindo no seu interior as enzimas digestivas.
4.1.2. Lisossomo Secundário: Denomina-se também de Vacúolo Digestivo e resulta da fusão do lisossomo primário com a partícula englobada.
4.1.3. Corpúsculo Residual: É a vesícula lisossômica que por exocitose elimina na periferia celular o material não assimilado.


4.1.4. Vacúolo Autofágico: Forma-se quando a vesícula lisossômica digere uma partícula pertencente à própria célula. A autofagia é uma atividade indispensável à sobrevivência da célula.

4.2. Funções dos Lisossomos:
4.2.1. Digestão Intracelular: A digestão ocorrerá no interior dos vacúolos digestivos, que são bolsas originadas pela fusão do lisossomo com o fagossomo ou pinossomo e contêm partículas capturadas do meio externo.
A digestão intracelular pode ser classificada em:
I. Autofagia – quando os lisossomos digerem uma partícula pertencente à própria célula. Desaparecimento da Cauda do Girino: A regressão da cauda dos girinos se dá pela autodestruição de células pelas enzimas lisossômicas. O material resultante da autodigestão da cauda entra na circulação sangüínea e é reutilizado.


Quando há alteração do metabolismo celular, principalmente devido à hipóxia, diminui-se a produção de ATP, o qual é vital para a manutenção da integridade das membranas. Assim, diante da baixa quantidade de energia, a membrana do lisossomo se rompe, liberando as enzimas hidrolíticas. O efeito de destruição dessas enzimas sobre a células, denominado de autólise, é semelhante ao processo de autofagia, só que agora não há isolamento da organela a ser destruída; as enzimas se difundem pelo citoplasma, destruindo este.
II. Heterofagia – quando a partícula digerida pelos lisossomos é proveniente do meio extracelular.
5. Vacúolos:

Qualquer porção do citoplasma delimitada por membrana lipoprotéica. As variedades mais comuns são:


a) Vacúolos relacionados com a digestão intracelular;
b) vacúolos contráteis (ou pulsáteis);
c) vacúolos vegetais;


6. Peroxissomos:

Os peroxissomas são organóides com a aparência de pequenas vesículas membranosas, formados a partir do retículo endoplasmático.


São caracterizados por conterem enzimas catalisadoras de oxidações que se processam em presença de oxigênio molecular (oxidases), e ainda de catalases, enzimas decompositoras de peróxido de hidrogênio (água oxigenada).
Os peroxissomas são diferentes dos lisossomas por 2 características: originam-se por brotamento do REL ou por auto-duplicação e não do complexo de Golgi; contém oxidases e não hidrolases, além de enzimas que aceleram a degradação de algumas gorduras e aminoácidos. Possuem de 0,2 a 1mm de diâmetro sendo envoltos por uma membrana lipo-protéica e como conteúdo cerca de 40 enzimas oxidativas, como a catalase, a urato oxidade e a D-aminooxidase. Participam do catabolismo de certos ácidos graxos,formando Acetil-CoA e água oxigenada; o excesso de água oxigenada é destruído pela catalase. O peróxido de hidrogênio elimina agentes nocivos como o etanol e mata alguns microorganismos. Ocorrem em maior número em hepatócitos, neutrófilos, macrófagos e células renais. Também existem nas células vegetais, onde participam do processo de fotorespiração. A principal função das reações oxidativas nos peroxissomos é a quebra de moléculas de ácidos graxos, em um processo denominado beta oxidação.
7. Mitocôndrias (o conjunto de mitocôndrias de uma célula denomina-se condrioma):

As mitocôndrias são formadas principalmente por duas bicamadas lipídicas: uma membrana externa e outra membrana interna. Enquanto a membrana externa é lisa, a membrana interna possui inúmeras pregas chamadas cristas mitocondriais, nas quais se fixam enzimas oxidativas. A cavidade interna das mitocôndrias é preenchida por um fluido denominado matriz mitocondrial contendo grande quantidade de enzimas dissolvidas, necessárias para a extração de energia dos nutrientes.


As mitocôndrias são verdadeiras “usinas” das células, pois produzem energia para todas as atividades celulares. Sua composição química é riquíssima, notando-se principalmente a presença de DNA, RNA, proteínas, carboidratos, enzimas, ATP (adenosina – trifosfato), ADP (adenosina – difosfato), etc. São encontradas nas células eucariontes, sendo substituídas pelos mesossomos nas bactérias.
No interior das mitocôndrias ocorre a respiração celular, que é o processo em que moléculas orgânicas de alimento reagem com gás oxigênio, transformando – se em gás carbônico e água ,com liberação de energia.
Toda mitocôndria surge da reprodução de uma outra mitocôndria, sendo que a divisão da mitocôndria denomina-se Condrocinese ou Condrogênese.

7.1. Funções da Mitocôndria:
7.1.1. Produção de Energia;
7.1.2. Respiração Celular através do Ciclo de Krebs e da Cadeia Respiratória.

7.2. Origem das Mitocôndrias: Durante os anos oitenta, Lynn Margulis propôs a teoria da endossimbiose para explicar a origem das mitocôndrias e cloroplastos de procariontes. De acordo com esta idéia, um procarionte maior engolfou ou cercou um procarionte menor há uns 1.5 bilhão ou 700 milhões de anos atrás. Em vez de digerir o organismo menor, o grande e o pequeno entraram em um tipo de simbiose conhecido como mutualismo, em que ambos os organismos se beneficiam e nenhum é danificado. O organismo maior ganhou excesso de ATP fornecido pela "protomitocôndria" e açúcar em excesso fornecidos pelo " protocloroplasto ", enquanto fornecia um ambiente estável e as matérias-primas que o endosimbionte requeria. Esta relação é tão forte que agora células de eucarionte não podem sobreviver sem mitocôndria (igualmente eucariontes fotossintéticos não podem sobreviver sem cloroplastos), e os endossimbiontes não podem sobreviver fora dos anfitriões. Quase todos eucariontes têm mitocôndria.
Outra forma de explicar : *Segundo esta idéia, uma célula procariótica teria perdido sua parede, ganhando flexibilidade na membrana, a qual sofreu diversas invaginações, dando origem ao envoltório nuclear e às organelas membranosas de um eucarioto. A célula derivada desta transformação teria ganho também a capacidade de endocitar células vizinhas e se alimentar delas. Um descendente desta célula transformada teria, segundo esta hipótese, endocitado células de uma bactéria altamente eficiente em respiração aeróbia (alpha-proteobactéria), mas não teria realizado sua digestão, e sim passado a viver numa relação de simbiose com esta bactéria. A célula hospedeira forneceria abrigo à bactéria, e o endossimbionte forneceria energia para a célula. Durante o desenvolvimento desta relação a bactéria teria perdido seus genes referentes ao desenvolvimento independente , doado alguns para o núcleo do hospedeiro e mantido alguns, como o que codifica a SSU rRNA da mitocôndria. Da mesma maneira teriam surgido os cloroplastos, a partir da endocitose de cianobactérias por um eucarioto já possuidor de mitocôndria. Mais tarde essa hipótese viria a ser confirmada, através do sequenciamento de alguns dos genes que codificam a SSU rRNA, encontrados nas mitocôndrias e nos cloroplastos , que teriam se originado das alpha-proteobactéria e cianobactérias, respectivamente.
8. Plastos ou Plastídios:

São organóides citoplasmáticos encontrados nas células de plantas , de algas e de alguns protistas. São classificados em:
8.1. Cromoplastos: São plastos coloridos que armazenam pigmentos. Os mais importantes são os cloroplastos.

8.2. Leucoplastos: São plastos incolores que armazenam substâncias nutritivas como os Amiloplastos (amido), os Oleoplastos (óleos) e os Proteoplastos (proteínas).

Os cloroplastos são organóide citoplasmáticos presentes nos parênquimas clorofílicos, paliçádico e lacunoso, que encontramos nas áreas verdes de uma planta, principalmente no mesófilo das folhas, localizado entre as epidermes ventral e dorsal que são incolores. São discóides e apresentam duas membranas envolventes e inúmeras membranas internas, que formam pequenas "moedas" discoidais e achatadas chamadas tilacóides. Os tilacóides se organizam uns sobre os outros e formam estruturas cilíndricas que lembram pilhas. Cada "moeda" ou disco é um tilacóide, a pilha é um granum, que significa grão em latim. Os granum são unidos entre si por pequenas lâminas semelhantes a varetas, as lamelas, e o seu conjunto (de todos os granum) é denominado grana (o plural, em latim).


O espaço interno do cloroplasto é preenchido por um fluido viscoso chamado estroma, que corresponde à matriz das mitocôndrias e contém DNA, graças ao que são capazes de autoduplicarem-se, enzimas e ribossomos; nele ocorrem a fase escura e o ciclo de fixação do carbono. Os cloroplastos são as centrais energéticas da própria vida.

8.3. Funções dos Plastos:
8.3.1. Participação da Fotossíntese (Cromoplastos);
8.3.2. Armazenamento de Substâncias Nutritivas (Leucoplastos).
Nas células meristemáticas encontramos uma vesícula primitiva denominada Proplasto, que na presença de luz evolui para cromoplasto e na ausência de luz evolui pra leucoplasto. Os proplastos são pequenas bolsas esféricas, contendo em seu interior DNA, enzimas e ribossomos, mas não há tilacóides e nem clorofila. São capazes de se dividir e são herdados de geração em geração celular.
9. Centríolos (Centro Celular):

Os centríolos são estruturas citoplasmáticas que estão presentes na maioria dos organismos eucariontes, com exceção das plantas angiospermas (frutíferas). O centríolo é um cilindro cuja parede é constituída por nove conjuntos de três microtúbulos e geralmente ocorrem aos pares, um a 90 graus do outro, nos pólos das células: diplossoma.


Os centríolos são desprovidos de membrana, são constituídos por túbulos de natureza protéica (tubulina) e recebem inúmeras denominações de acordo com as funções que exercem como: diplossomos, áster, cinetossomo, blefaroplastos, etc. Os centríolos originam estruturas locomotoras denominadas cílios e flagelos, que diferem entre si quanto ao comprimento e número por célula e possuem um eixo de sustentação chamado axonema (envolvido por uma membrana lipoprotéica).
Os flagelos são longos e pouco numerosos e executam ondulações que se propagam da base em direção a extremidade livre. Os cílios são curtos e muito numerosos e executam um movimento semelhante ao de um chicote, com a incrível freqüência de 10 a 40 batimentos por segundo.

9.1. Funções de Cílios e Flagelos:
- Locomoção da Célula;
- Movimentação do Líquido Extracelular;
- Limpeza das Vias Respiratórias.

9.2. Funções dos Centríolos:
- Orientar a Divisão Celular, pois originam uma estrutura denominada fuso mitótico, onde se prendem os cromossomos;
- Originar Cílios e Flagelos.
Testes:

1. São cavidades mergulhadas no citoplasma e envolvidas por um tonoplasto:
a) Vacúolos
b) Mitocôndrios
c) Lisossomos
d) Centrossomos
e) Plastos


2. (UFRGS) Considere os seguintes fenômenos:
I - Síntese protéica
II - Síntese de carboidratos
III - Ciclo de Krebs
IV - Armazenamento de proteínas
V - Digestão celular
Assinale a alternativa que indica de maneira correta os fenômenos que ocorrem, respectivamente, em mitocôndrias, lisossomos, complexo de Golgi e ribossomos.
a) IV - V - II - I
b) III - II - I - V
c) V - III - IV - II
d) III - V - IV - I
e) V - III - II - I


3. (UNISC) Os centríolos são organóides citoplasmáticos relacionados com:
a) A produção de ATP através do chamado ciclo de Krebs
b) A síntese de proteínas
c) A fotossíntese
d) A divisão celular e coordenação dos movimentos flagelares dos espermatozóides
e) A síntese de muco polissacarídeos, a formação do acrossomo do espermatozóide e secreção


4. O vacúolo digestivo é a bolsa resultante da união do fagossomo ou pinossomo com:
a) Ribossomo
b) Cloroplastos
c) Amiloplastos
d) Lisossomos
e) Mitocôndrias


5. Capacidade de eliminação de substâncias processadas no interior da célula, através de vesículas que se aproximam da membrana plasmática e se abrem expurgando seu conteúdo para o exterior, chama-se:
a) Osmose
b) Clasmocitose
c) Transporte ativo
d) Endomitose
e) Fagocitose


6. Os lisossomos participam de processos intracelulares que podem ser resumidos da seguinte maneira:
I - Partícula proveniente do meio externo, incluidas em fagossomos, são desdobradas em substâncias utilizáveis pelas células.
II - Na ausência de nutrição adequada, algumas estruturas como as mitocôndrias e os componentes do retículo endoplasmático, são digeridas e seu material aproveitado em outras funções essencialmente vitais.
III - Pelo estímulo de substâncias ou ações lesivas, os lisossomos podem ser rompidos, havendo destruição e morte celular.
Os três processos acima descritos são denominados, respectivamente:
a) fagocitose, autofagia e autólise.
b) fagocitose, digestão intracelular e autofagia.
c) autofagia necrose e autólise.
d) autólise, autofagia e hidrólise.
e) digestão intracelular, necrose e digestão extracelular.


7. Retirando-se uma Amoeba de seu ambiente natural e colocando-se em água com um conteúdo de sais mais alto do que o interno, observa-se a formação de:
a) Um vacúolo contrátil maior, que descarrega mais frequentemente do que antes.
b) Um vacúolo contrátil menor, que descarrega mais frequentemente do que antes.
c) Um vacúolo contrátil maior, que descarrega menos frequentemente do que antes.
d) Um vacúolo contrátil menor, que descarrega menos frequentemente do que antes.
e) Vários vacúolos contráteis, que descarregam mais frequentemente do que antes.


8. A origem dos cílios e flagelos relacionam-se diretamente com o:
a) Complexo de Golgi
b) Vacúolo
c) Centríolo
d) Retículo Endoplasmático Liso
e) Retículo Endoplasmático Rugoso


9. (UFSC) Os lisossomos são organóides membranosos, com formato esférico, que contêm enzimas digestivas. Em relação a essa estrutura citoplasmática, assinale a (s) proposição (ões) CORRETA(S).
01. Os lisossomos desempenham, entre outras, funções de defesa celular.
02. As enzimas lisossômicas são fabricadas no retículo endoplasmático liso, passando em seguida para o sistema de Golgi, que as “empacota” e as libera sob a forma de lisossomos secundários.
04. A função heterofágica dos lisossomos refere-se à digestão de substâncias que são absorvidas pela célula por fagocitose ou pinocitose.
08. O lisossomo secundário é formado pela fusão do vacúolo alimentar, que contém o alimento englobado por pinocitose ou fagocitose, com o lisossomo primário, que contém as enzimas digestivas.
16. Juntamente com as mitocôndrias, os lisossomos são responsáveis por uma reciclagem de moléculas e organóides inativos.
32. Em girinos, o fenômeno de reabsorção da cauda é comparado a um “suicídio celular” já que, com o rompimento dos lisossomos, ocorre uma autodigestão das moléculas e dos organóides que constituem as células daquela estrutura.

Soma:___________


Fontes:

http://www.usp.br/fo/lido/patoartegeral/patoartenecB.htm
http://www.pontonerd.com.br/biblioteca/biologia/
http://www.terravista.pt/bilene/5547/biologia/Celula/Plastos15.htm